sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas


O documentário Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas revela, com depoimentos de pessoas das comunidades afetadas e análises de cientistas, como o aquecimento global já provoca vítimas, doenças e prejuízos econômicos em todo o Brasil. De autoria da organização ambientalista Greenpeace, a obras mostra casos como a imagem das Cataratas do Iguaçu, no sul do Brasil, com quedas minguadas ou completamente secas. A diminuição no volume de água, que chegou a um décimo do normal em julho, foi provocada por uma das piores estiagens dos últimos anos no Estado do Paraná. No ano passado, a Amazônia, que detém 20% da água doce do planeta, se transformou em uma espécie de sertão, em uma das secas mais severas que já assolaram a região.
Ainda em 2005, um tornado devastou o município de Muitos Capões, Rio Grande do Sul, no mesmo dia em que o furacão Katrina arrasou Nova Orleans, nos Estados Unidos. No final de março de 2004, o furacão Catarina, o primeiro registrado no Atlântico Sul, matou 11 pessoas e causou destruição em dezenas de municípios da região Sul. Apenas em Santa Catarina danificou mais de 32 mil casas, com prejuízos de mais de R$ 1 bilhão.

Segundo o Greenpeace, os depoimentos dos pesquisadores Carlos Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e Francisco Aquino, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) revelam que essas são evidências claras de que o mundo e várias regiões do Brasil são vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.

O documentário e o relatório "Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas" apresentam ainda testemunhos de vítimas do aquecimento global na Amazônia, no Nordeste, no Sul e na zona litorânea brasileira. São pessoas que viram suas casas destruídas por causa de ventos ou inundações, perderam suas lavouras e seus animais por causa de secas fora do normal ou foram afetadas por catástrofes climáticas antes desconhecidas pelos brasileiros. Mostram também as relações entre a destruição da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, e o aquecimento global, e como o desmatamento e as queimadas fazem do Brasil o quarto maior emissor de gás carbônico do planeta.

"O Brasil precisa assumir sua responsabilidade como grande emissor de gases de efeito estufa. O governo deve combater o desmatamento de maneira implacável, promover as energias limpas e os programas de economia de energia. Os brasileiros têm todo o direito de saber onde somos mais vulneráveis aos efeitos devastadores do aquecimento global e como vamos reduzir nossa contribuição a este problema. Não temos tempo a perder nesta luta pela sobrevivência", afirma Carlos Rittl, coordenador da campanha de clima do Greenpeace.

O relatório e o documentário mostram também o que os governos, as indústrias e os cidadãos podem fazer, com mudanças nos padrões de produção e de consumo, para evitar que o cenário de mudanças climáticas, que já é grave, se torne irreversível e catastrófico para toda a vida do planeta nos próximos anos.

Além do relatório e do vídeo, a nova campanha de mudanças climáticas do Greenpeace conta com eventos de mobilização pública: a exposição fotográfica e a instalação sensorial "Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas" percorrerão 10 cidades brasileiras. A exposição possui 28 painéis com fotos e textos explicativos sobre como o aquecimento global já afeta a vida de milhares de brasileiros. Os visitantes também poderão conhecer um túnel para visualizar e sentir os efeitos das mudanças climáticas. Ao final da visita, as pessoas receberão uma cartilha com dicas do que podem fazer para ajudar a restaurar o equilíbrio climático do nosso planeta.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cientistas alertam para perigo da destruição da natureza

A poluição do ar mata 800 mil pessoas anualmente, segundo um estudo do Banco Mundial sobre os efeitos da deterioração do meio ambiente apresentado hoje.
O documento, chamado de "O meio ambiente importa", afirma também que cerca de um quinto das doenças dos países em desenvolvimento podem ser atribuídas a problemas ambientais como falta de água potável e poluição do ar, e que os problemas ecológicos atingem sobretudo os mais pobres e as crianças.
Em relação a estes últimos, o estudo destaca que cerca de 117 milhões de crianças vivem na pobreza na América Latina e no Caribe, a maioria delas em áreas que carecem de infra-estrutura básica.
Essas carências aumentam sua vulnerabilidade diante de doenças respiratórias e diarréias, que estão entre as principais causas de mortalidade entre os menores de cinco anos na América Latina.
O estudo afirma que há um "forte vínculo" entre o meio ambiente e a saúde, uma ligação que as pessoas tendem a esquecer porque, segundo destacou hoje o cientista da Universidade de Harvard Eric Chivian, o ser humano está "cada vez mais desligado do mundo natural".
O diretor do Centro para a Saúde e meio Ambiente Global da Universidade de Medicina de Harvard destacou que esse "fracasso fundamental" na hora de entender que a saúde e a vida do ser humano dependem da saúde do planeta é o problema mais importante que a humanidade enfrentará nos próximos anos.
O não reconhecimento da urgência da situação põe em risco a existência de espécies e ecossistemas que são fundamentais na obtenção de remédios, segundo Chivian.
O especialista citou animais em perigo de extinção como os ursos polares e os ursos negros, que são capazes de hibernar entre três e sete meses por ano sem perder massa óssea.
A compreensão deste processo poderia ajudar a encontrar soluções de problemas como a osteoporose e disfunções renais, já que os ursos não urinam nem defecam durante os longos meses de hibernação.
Por sua parte, Warren Evans, diretor do Departamento de Meio ambiente do Banco, afirmou que "é momento de atuar".
Evans se mostrou esperançoso pelo apoio coletivo que os países industrializados deram durante a cúpula do G8 em julho a um projeto de desenvolvimento sustentável em benefício dos mais pobres.
Segundo o diretor, existe uma consciência internacional cada vez maior sobre a necessidade de impulsionar um meio ambiente saudável para as gerações presentes e futuras.
Chivian também pediu a ação pelo bem-estar de todas as crianças do futuro, para que não se transformem em vítimas da indecisão e da falta de visão.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008


Trinta e cinco anos de lutas em defesa do meio ambiente no Brasil trouxeram resultados pífios. Sociedade, governo e empresários continuam muito aquém do necessário para inverter a destruição do meio ambiente de índices positivos para índices negativos. Só neste ano da graça de 2005, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou sua primeira pesquisa específica sobre o estado do meio ambiente no Brasil. A investigação, realizada em 2002, entrevistou gestores públicos de 5.560 municípios e se intitula "Perfil dos Municípios Brasileiros - Meio Ambiente 2000".


Cabe salientar, logo de cara, que se trata de um levantamento quantitativo, confiando nos administradores públicos, normalmente nada confiáveis, pois que não querem fazer revelações que comprometam a imagem do município e também não têm a mínima sensibilidade para perceber o que ocorre diante de seu nariz. Feitas estas ressalvas, a pesquisa mostrou que:


· O maior problema ambiental reconhecido pelos municípios é o assoreamento de rios, lagos e açudes, com 53% do total. Os gestores atribuem-no à supressão da mata ciliar (70%), ao desmatamento mais amplo (67%) e à erosão e deslizamento de encostas (56%). As soluções apontadas pelos administradores são a recomposição da vegetação nativa (37%), a dragagem e limpeza de canais (37%) e o combate à erosão (35%). O campeão brasileiro em assoreamento é o Estado do Espírito Santo, com 88% em relação aos outros problemas. Faz sentido, pois o Espírito Santo quase acabou com a Mata Atlântica em seu território, gerando um baile de erosão.


· Alterações ambientais com efeitos sobre a qualidade de vida ocupam o segundo lugar da lista, com 41% do total. Segundo as respostas, os principais problemas a concorrerem para este estado são o esgoto a céu aberto (46%), o desmatamento (45%) e as queimadas (42%). É de se notar que, qualitativamente, o fogo e a queima de combustíveis fósseis representam uma grande queixa por parte da população, e a zona açucareira do norte-noroeste fluminense conhece bem o problema.
Em suma, continuam botando fogo no Brasil. Como soluções, as autoridades municipais propõem o controle de vetores de doenças (70%), a ampliação do abastecimento d’água (53%) e a educação (53%). Pernambuco está na liderança com 82%.


· A poluição da água ficou em terceiro lugar, apontando-se para ela o despejo de esgoto doméstico (75%), o uso de agrotóxicos e fertilizantes (42%) e a criação de animais (39%). As soluções apontadas pelos governos municipais são a ampliação da rede de esgoto (52%), a fiscalização do despejo de resíduos domésticos (51%) e o controle da ocupação urbana (40%). O campeoníssimo é o Estado do Rio de Janeiro, com 77% em relação ao total dos problemas. Isto significa que, em termos de falta de saneamento, o Rio de Janeiro está no degrau mais alto do pódio. A confiar na pesquisa, devemos desconfiar dos governos do Estado e municipais.


· Em quarto lugar vêm as alterações que afetam negativamente a paisagem por conta da erosão (35%), da ocupação irregular do solo (33%) e de empreendimentos imobiliários (28%). Para corrigi-las propõem-se o controle da ocupação urbana (38%), o controle do desmatamento (36%) e a recomposição da vegetação (35%). Neste tópico, a corrida foi vencida pelo Amapá, com 81%.


· A contaminação do solo ocupa o quinto lugar na escala de problemas, e os fatores apontados para ela são o uso de fertilizantes e agrotóxicos (63%), a destinação inadequada de esgoto doméstico (6%) e o chorume (38%). Para combatê-la, o poder público municipal entende ser necessário fiscalizar o despejo de resíduos domésticos (51%), implantar aterros sanitários (40%) e fiscalizar a contaminação oriunda de animais (36%). Novamente, o Espírito Santo aparece no mapa, respondendo com 64%. Principalmente o uso de insumos químicos na lavoura, considerado o mais grave problema neste item, liga-se ao grande desmatamento que sofreu o Espírito Santo, reduzindo as formações vegetais nativas a uma poeira. Este desmatamento visou a abertura de terras para lavouras e pastos com um grande uso de fertilizantes químicos e de agrotóxicos.


· A poluição do ar vem em sexto lugar, causada, primeiramente, por queimadas (64%), vias não pavimentadas (41%) e atividade industrial (38%). As soluções apontadas são o controle das queimadas (28%), a fiscalização de atividades extrativistas (27%) e a fiscalização de atividades industriais (21%). A liderança está com o Amapá, que aparece pela segunda vez na pesquisa, com 63%. A relação entre queimada e poluição do ar é direta. Já a atividade industrial aparece meio deslocada, pois o Estado não é industrializado. A menos que consideremos uma liberdade de funcionamento muito grande para as poucas indústrias implantadas no Amapá.


· Por fim, aparece a degradação de áreas protegidas pelo desmatamento (69%), pelas queimadas (51%) e pela caça de animais silvestres (38%). As propostas apontadas para atacar os problemas são o combate ao despejo de resíduos domésticos (50%), o controle da ocupação urbana (43%) e a recomposição da vegetação nativa (42%). Mais uma vez, o Amapá figura na pesquisa ocupando o primeiro lugar com 56%, o Estado mais degradador do meio ambiente.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Intro



O século XXI chegou e as marcas da destruição desordenada da natureza estão cada vez mais preocupantes.




Na natureza, existe uma harmonia nas relasções entre seres vivos entre si e entre os seres vivos e o meio ambiente. É o chamado equilíbrio ecológico. Ao quebrar essa harmonia, o homem provoca o que chamamos de impacto ambiental. Podemos dizer que os impactos ambientais são uma espécie de "choque" que rompe o equilíbrio ecológico.




O solo é um recurso fundamental para a prática de atividades extremamente importantes para o ser humano, como a agricultura, a construção de cidades, de estradas, a instalação de insústrias e de usinas geradoras de energia, entre outras. Em muitas áreas, esse recurso encontra-se totalmente desgastado. Os solos podem ser contaminados por substâncioas químicas usadas na agricultura, por vazamentos de substâncias tóxicas transportadas nas rodovias ou ferrovias, e peincipalmente, pelo lixo sólido.